O nome de Wagner Moura voltou a ser destaque com a estreia de "Guerra Civil", mas seu sucesso internacional é fruto de uma construção antiga. Embora formado em jornalismo, Moura se dedicou ao teatro desde a adolescência e conquistou reconhecimento no cinema com filmes como "Carandiru", "Deus é brasileiro" e "Cidade Baixa".
Com destaque maior para seu papel como Capitão Nascimento em “Tropa de Elite” (2007), não somente o ator, mas o conjunto da obra inteiro invadiu o cinema internacional, sendo premiado com o Urso de Ouro como melhor filme no Festival de Berlim levando a sequência do filme a um reconhecimento ainda maior no cenário internacional.
Passado o tempo e algumas produções, o ator migrou para Hollywood e estreou no filme de ficção cientifica “Elysium” (2013), onde contracenou com Matt Damon, Jodie Foster e Alice Braga. Considerando toda a trajetória de Moura, ele escolheu projetos que ressoassem com seus ideais de humanização, demorando a aceitar convites de Hollywood até encontrar roteiros que realmente o chamassem a atenção e não somente qualquer produção hollywoodiana.
Outro papel importante para a carreira internacional de Moura foi o de Sérgio Vieira de Mello no longa “Sérgio”.
Com direção de Greg Barker, renomado diretor americano, o ator também contracenou com Ana de Armas, atriz cubana de igual renome internacional.
Considerado o divisor de águas na carreira de Wagner, a sua interpretação como Pablo Escobar para a série “Narcos” da Netflix, foi de longe excepcional. O ator agora não atua somente em português e inglês mas também em espanhol, provando para todos da sua capacidade de dominar não somente vários idiomas, mas também diversos públicos. Além disso, esta série resultou em outras obras como “Narcos: México” (que pode explorar o talento de Moura enquanto diretor) e “Griselda”.
Como já mencionado, Wagner não se limita a ser ator; ele também dirigiu e dublou. O talento e a versatilidade de Wagner Moura têm sido reconhecidos globalmente, e ele continua a ser uma figura influente tanto no cinema nacional quanto internacional. Considerado um ator excepcional, o baiano mostra ser bom em todos os setores, desde a produção até a atuação.
Diante de tanto talento e reconhecimento, a pergunta que fica é se ele precisa de Hollywood ou se Hollywood precisa dele.
Foto de Capa: Reprodução/CNN Brasil
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